sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

nada II

Algo de triste cansa e desanima, desmotiva o viver, se põe tão baixo que passa do chão, faz não estar em si e não encontrar a nenhum lugar como seu, algo que ri de piadas prontas e vive o vazio dos dias como se o corpo fosse apenas corpo, sem alma, sem sangue, sem coração. Um corpo que vaga liso, interrompido, escorrido pelo corredores da existência fria e desnivelada.
Palavras jogadas sem emoção, emoções jogadas sem palavras. Nada que seja possível se descrever, nada que as palavras consigam em sua mais profunda emoção demonstrar.
nada de nada
e nada

num imenso e infinito mar de não presença, de apatia, e de doces canções que chegam aos ouvidos sem significar, passam pelo ouvido e pelo corpo frio, sem relar o coração.
Canções de ninar, que ninam, pois foi ao que vieram, e fazem dormir os olhos cansados e azuis de tanto chorar lágrimas e mucos.

Um comentário:

mlbelem disse...

YESSSSSSSSS!