No início era um ovinho frágil
que veio crescendo, ficando forte e cheio,
cheio de si, cheio do outro, cheio do mundo,
foi se tornando forte, mais rígido,
duro
ficou tão duro que nada mais o quebrava
perdeu a inocência,
a delicadeza
tornou-se um ovo cheio,
de casca dura,
tudo lá dentro,
da casca dura.
nada o quebrava
e nada saía
tornou-se forte,
nada o quebrava,
e nada saía
e só.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Maô
Que a poesis viva em você,
e que ressoe para nós a tempestade e a calmaria das suas palavras/gestos.
Penso que ao ler esse poema pela primeira vez,
fiquei somente na casca do ovo, na segunda me senti na gema e agora me torno passáro.
E espero com muito entusiasmo os seus próximos movimentos nesse blog.
a vida.
beijos
lindo.
Postar um comentário